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TEXTO
ÁUREO
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VERDADE
PRÁTICA
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“Porque as armas da nossa milícia não são
carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas.”
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Por trás das aparências, há uma batalha
espiritual invisível contra a Igreja.
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LEITURA
DIÁRIA
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Segunda – Mt 12.25-28
Uma luta na esfera espiritual
Terça – Lc 10.19
A nossa autoridade sobre a força do mal vem de Jesus
Quarta – 1 Co 15.24
O Senhor Jesus reduzirá a cinzas o poder das trevas antes de entregar
o Reino ao Pai
Quinta – Gl 5.16-18
Existe um conflito interno na vida do crente entre a carne e o espírito
Sexta – Ef 2.2
O poder invisível das trevas opera no mundo
Sábado – Cl 2.15
Foi no Calvário que o Senhor Jesus venceu o reino das trevas
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LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
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Efésios 6.10-12
10 - No
demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
11 -
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra
as astutas ciladas do diabo;
12 - porque não
temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
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OBJETIVO GERAL
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Explicitar que a nossa luta é espiritual, e não física ou material.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico.
Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Destacar a inclusão do
tema, “Nossa Luta não é Contra Carne e Sangue”, no final da epístola;
II. Salientar que o crente
depende exclusivamente de Deus;
III. Mostrar que a nossa
luta é contra os poderes das trevas.
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INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
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Uma das coisas que o Inimigo tem feito nestes últimos
dias, por meio de uma perspectiva materialista de vida, é tirar de alguns
crentes a perspectiva espiritual. Não podemos perder o senso espiritual
esposado pelo apóstolo Paulo em uma de suas cartas em que ele afirma que a
nossa luta não é contra o ser humano, mas contra principados e potestades. Há
sim um mundo espiritual por trás do material. Isso não é uma concepção platônica;
mas bíblica, ensinada pelo nosso Senhor, proclamada pelos apóstolos e confirmada
pelo Espírito Santo. Aproveite essa oportunidade para, por meio da presente
lição, deixar claro à classe sobre a importância de conhecermos as astutas
ciladas do nosso Inimigo. Este ainda continua a fazer estragos na vida de
pessoas.
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COMENTÁRIO
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INTRODUÇÃO
O tema da presente lição trata dos poderes ocultos das trevas e de
como se proteger deles pela força do poder de Deus. Embora o apóstolo Paulo não
apresente a origem nem a biografia do príncipe das trevas, ele nos ensina a
importância de conhecer as astutas ciladas do nosso Inimigo. O Diabo já
perdeu a peleja, mas continua fazendo estrago nesse período entre o início e
o final da jornada da Igreja.
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PONTO CENTRAL
Há uma batalha espiritual invisível contra
a Igreja.
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I – A INCLUSÃO DO TEMA NO FINAL DA EPÍSTOLA
Os três capítulos iniciais de Efésios são teológicos, e os outros três
são práticos. Uma perfeita combinação de doutrina cristã e dever cristão, de
fé cristã e vida cristã. Mas, de repente, o apóstolo Paulo nos surpreende com
um “No demais”, encerrando a epístola com um assunto de vital importância: a
luta contra o reino das trevas.
1. “No demais... (v.10a)”. O apóstolo
Paulo parece usar essa expressão para introduzir a conclusão. Isso não é
nenhuma anomalia, visto que Paulo emprega essa estrutura em outro lugar (2 Co 13.11; 1 Ts 4.1; 2 Ts 3.1). Essa expressão
aparece traduzida como: “Quanto ao mais”, na Nova Almeida Atualizada; e
“Finalmente”, na TB (Tradução Brasileira). Mas não devemos perder de vista
que o termo paulino significa, literalmente, “desde agora” (Gl 6.17). Que diferença isso faz? Muita. No
caso do verso 10, a ideia é de que daqui para frente o conflito contra o
reino das trevas será contínuo até o retorno de Cristo. Desse modo, o tema é
atual, e a luta da Igreja continua contra as hostes infernais.
2. “Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu
poder” (v.10b). Jesus disse
certa vez: “sem mim nada podereis fazer” (Jo 15.5). Paulo empregou a voz passiva para
“fortalecei-vos”. Isso mostra que não se trata meramente de esforço humano,
mas da completa dependência do Senhor Jesus. A expressão “força do seu poder”
é um enérgico pleonasmo (figura de sintaxe pela qual se repete uma ideia com
outras palavras para proporcionar elegância ou reforço à expressão), usado
aqui para reforçar a magnitude do poder de Jesus. Esse poder provém do Espírito
Santo (Ef 3.16); é a
atuação da Trindade na vida da Igreja.
3. O emprego da figura de linguagem. As figuras são
recursos linguísticos que merecem atenção especial pela sua beleza e pelo seu
papel na Hermenêutica. A anáfora é uma figura de linguagem que consiste na
repetição de uma mesma palavra no começo de frases sucessivas com o propósito
de enfatizar a afirmação. Aqui encontramos: “porque não temos que lutar
contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades,
contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da
maldade, nos lugares celestiais” (v.12).
Nessa anáfora, a preposição grega, pros, “contra”, é usada cinco vezes para
reforçar a ideia de que a esfera principal de atuação do príncipe das trevas
não é apenas como muitos pensam: a prostituição e o crime, mas principalmente
no reino das religiões; trata-se, pois, de uma batalha espiritual.
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SÍNTESE DO TÓPICO I
Ao final da epístola aos Efésios, Paulo
exorta aos crentes “fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder”.
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SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
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Para
introduzir a aula desta semana, faça um resumo panorâmico da Carta aos Efésios
com o auxílio do esquema abaixo:
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Texto adaptado da “Bíblia de Estudo Pentecostal”, editada pela
CPAD.
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II – A DEPENDÊNCIA DE DEUS
O apóstolo emprega uma metáfora militar para explicar o que subjaz no
mundo espiritual que não é possível perceber na superfície. A presença de
todas as mazelas na humanidade é real e indiscutível, mas a fonte de toda
essa maldade Paulo esclarece nessa seção. Não pode haver vitória sem ajuda
divina, e é esse o apelo apostólico.
1. Somente pelo poder de Deus. Nenhum ser
humano tem condições de, sozinho, enfrentar os demônios e sair vitorioso. Os
demônios existem de fato, mas não passam de um inconveniente diante do poder
de Jesus; são entidades destituídas de poder na presença do Senhor Jesus (Mc 1.23-26; 3.11). No entanto, os
humanos não podem desafiá-los com suas próprias forças.
2. O revestimento da completa armadura de Deus (v.11a). O verbo
“revestir” é o mesmo que a Septuaginta usa para descrever o revestimento de
Gideão pelo Espírito Santo (Jz
6.34). A metáfora “toda a armadura de Deus” significa que devemos
usar todos os recursos espirituais que Deus nos dá. A armadura completa
indica armas de defesa e armas de ataque, uma figura bem conhecida na época,
visto que os soldados romanos estavam por toda parte.
3. Os métodos do Diabo (v.11b). Paulo começa
aqui a explicar a razão de o crente se fortalecer em Jesus e no seu poder e
revestir-se de toda a armadura espiritual de Deus. A expressão “astutas
ciladas” é methodeia em grego, que só aparece uma vez no Novo Testamento (Ef 4.14) e cuja ideia é
de “esperteza, artimanha, armadilha”. O Senhor Jesus dá, pelo seu Espírito
Santo, todos os recursos para o crente entender todas essas astúcias do
Inimigo (2 Co 2.11).
O conhecimento da força do Maligno é uma poderosa arma tanto para o ataque
como para a defesa.
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SÍNTESE DO TÓPICO II
Somos dependentes do poder de Deus e de sua
armadura espiritual para debelar a estratégia do Diabo.
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SUBSÍDIO BÍBLICO
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“No Verso 6.13, Paulo repete a
exortação previamente enunciada em
6.11 (‘Portanto, tomai toda a armadura de Deus’) – desta vez, em
vista de 6.12, isto é,
das hostes de Satanás que estão envolvidas na guerra espiritual. Uma palavra
diferente para ‘vestir’ (analabete) foi usada aqui, embora em 6.11 tenha sido
utilizado o termo endysasthe (significando ‘estar vestido com’). Analabete
significa ‘tomar’ de modo resoluto para que, mesmo debaixo do ataque mais
rigoroso, o crente posso resistir ao inimigo e ‘estar firme’ em sua posição.
Paulo, por três
vezes, exorta os crentes a ‘estarem firmes’ (6.11,13,14). Com isso, quer dizer que os crentes
e a Igreja devem permanecer constantes e inabaláveis, ‘estando firmes’ quando
a batalha espiritual for intensa, sustentando sua posição quando o conflito
estiver se aproximando de seu final, sem serem ‘deslocados ou abatidos, porém
mantendo-se firmes e vitoriosos em seus postos’ (Salmond, 3.385). Observe que
diferentes aspectos de ‘estar firmes’ são enfatizados durante a passagem (6.10-20). Devemos
‘estar firmes’ (6.14a),
na força do poder de Cristo (6.10),
contra as ciladas do Diabo (6.11),
com nossa armadura firmemente colocada (6.11a, 13a) e em oração (6.18-20)” (STRONSTAD,
Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.1266).
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III – CONTRA OS PODERES DAS TREVAS
1. Carne e sangue. O apóstolo
começa apresentando a luta interna do cristão: “porque não temos que lutar
contra carne e sangue” (v.12a).
O termo “carne” tem vários significados na Bíblia, mas a combinação “carne e
sangue”, que só aparece três vezes no Novo Testamento (v.12; Mt 16.17; 1 Co 15.50), parece indicar um significado físico.
Nesse caso, essa combinação diz respeito à pessoa, ser humano, que pode ser o
outro ou nós mesmos em conflito interno, no sentido de: “a carne cobiça
contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao
outro; para que não façais o que quereis” (Gl 5.17).
2. Os principados e potestades. Os dois
termos aqui, “contra os principados, contra as potestades” (v.12b), aparecem juntos pelo menos dez vezes
no Novo Testamento. Os “principados”, archai, em grego, cuja ideia é primazia
no poder; as “potestades”, exousíai, denotam liberdade para agir. O apóstolo
Paulo emprega o termo tanto para os anjos (Rm 8.38; Cl 1.16) como para os demônios (1 Co 15.24; Cl 2.15) investidos de
poder. Desse modo, a expressão refere-se a governos ou autoridades tanto na
esfera terrestre como na espiritual.
3. “Os dominadores deste mundo tenebroso” (v.12b, ARA). A ARC emprega
“os príncipes das trevas deste século”; a TB cita “governadores do mundo
destas trevas”; e a Nova Almeida Atualizada mantém as mesmas palavras da ARA.
O termo grego mais usado para “príncipe” é archon, que aparece 37 vezes no
Novo Testamento, traduzido também como “governador”. É usado para se referir
a Belzebu, “príncipe dos demônios” (Mt 12.24); para Satanás, como “príncipe
deste mundo” (Jo 12.31;
14.30; 16.11); e, ainda, ao
“príncipe das potestades do ar” (Ef
2.2). Mas, aqui, o apóstolo Paulo emprega um termo diferente,
kosmokrátor, “senhor do mundo”, de kosmos, “mundo”, e krateo, “dominar”. O
uso plural mostra que Paulo não está se referindo ao próprio Satanás, mas às
hostes dominantes do mundo das trevas.
4. Os lugares celestiais. O apóstolo
acrescenta ainda “contra as hostes espirituais da maldade nos lugares
celestiais”. Parece que aqui Paulo coloca todos esses anjos decaídos num
mesmo bojo. A expressão “lugares celestiais” indicada aqui é intrigante.
Essas palavras, ou “regiões celestiais”, aparecem em Efésios para designar o
céu, onde Cristo está sentado à destra de Deus, onde os salvos estão com
Cristo (1.3,20) e onde habitam os
anjos eleitos (3.10).
Como podem essas hostes infernais estar nas regiões celestiais? Uma explicação
convincente é que se trata da esfera espiritual invisível em oposição ao
mundo material (Ef 1.3).
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SÍNTESE DO TÓPICO III
Não pelejamos contra “Carne e Sangue”, mas
contra os principados e potestades, os dominadores deste mundo tenebroso.
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SUBSÍDIO DE VIDA CRISTÃ
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“Jesus disse
que era odiado sem motivo. Os verdadeiros filhos de Deus são revestidos de
luz, de poder e do Espírito Santo, enviado lá do trono eterno de Deus. O
mundo não nos conhece porque não conheceu a Ele, de modo que o Diabo reúne
todas as suas forças para batalhar contra Jesus e os seus santos. Porém é
maior aquEle que está em nós que tudo o que está contra nós. O Senhor
batalhará por nós, ainda que para isso Ele precise enviar todos os exércitos
do céu. Quando o profeta Eliseu estava cercado pelos inimigos do Senhor, o
servo dele foi tomado de pavor, porque tinha certeza de que eles seriam
aniquilados. Ele levantou os olhos a Deus e disse: ‘Peço-te que lhe abras os olhos,
para que veja’. Os olhos dele foram abertos, e ele olhou em volta e viu os exércitos
do Senhor com cavalos e carros de fogo. Deus enviara toda a artilharia do céu
para proteger apenas um profeta e o servo deste. Deus fará o mesmo por nós,
se clamarmos a Ele” (ETTER, Maria Woodworth. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal.
Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.142-43).
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CONCLUSÃO
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Com base nas
palavras do apóstolo Paulo, ficamos sabendo de que existem diferentes classes
de espíritos maus que são enumerados aqui como “principados, potestades, príncipes
das trevas, hostes espirituais da maldade”. O universo é um campo de batalha
e nisso não precisamos enfrentar apenas o ataque de outras pessoas, mas também
as forças espirituais que se opõem a Deus e ao seu povo.
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PARA REFLETIR
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A respeito de
“Nossa Luta não É contra Carne e Sangue”, responda:
·
O que as palavras “força do seu poder”
reforçam?
A expressão “força do seu poder” é um enérgico pleonasmo usado para reforçar a magnitude do poder de Jesus.
·
Qual o significado da metáfora “toda a
armadura de Deus”?
Significa que devemos usar todos os recursos espirituais que Deus nos dá.
·
A que se refere a combinação “carne e
sangue”?
Parece indicar um significado físico.
·
A que se refere a expressão “principados e
potestades”?
A expressão refere-se a governos e autoridades tanto na esfera terrestre como na espiritual. |
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Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 77,
p40.
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