TEXTO
ÁUREO
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VERDADE
PRÁTICA
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“Vós já estais limpos pela palavra que vos
tenho falado.”
(Jo
15.3)
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A Pia de Bronze é o símbolo do processo da
santificação que Cristo realiza em nós através de seu sangue e da Palavra de
Deus.
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LEITURA
DIÁRIA
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Segunda – Ef 5.26
A Palavra como água purificadora
Terça – 1 Pe 1.22
A obediência à Palavra traz pureza
Quarta – Jo 3.5
Nascendo da “água” e do Espírito
Quinta – Hb 10.22
Apresentando-se a Deus, purificados
Sexta – 1 Jo 5.6
A Palavra viva encarnou
Sábado – At 2.38
Batismo: a confirmação da purificação
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LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
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Êxodo 30.18-21; 40.30-32; 1 Coríntios 6.11; Efésios
5.26,27
Êxodo 30
18 - Farás
também uma pia de cobre com a sua base de cobre, para lavar; e a porás entre
a tenda da congregação e o altar e deitarás água nela.
19 - E Arão e
seus filhos nela lavarão as suas mãos e os seus pés.
20 - Quando
entrarem na tenda da congregação, lavar-se-ão com água, para que não morram,
ou quando se chegarem ao altar para ministrar, para acender a oferta queimada
ao Senhor.
21 - Lavarão
pois, as mãos e os pés, para que não morram; e isto lhes será por estatuto
perpétuo, a ele e à sua semente nas suas gerações.
Êxodo 40
30 - Pôs também
a pia entre a tenda da congregação e o altar e derramou água nela, para
lavar.
31 - E Moisés,
e Arão, e seus filhos, lavaram nela as mãos e os pés.
32 - Quando
entravam na tenda da congregação e quando chegavam ao altar, lavaram-se, como
o Senhor ordenara a Moisés.
1 Coríntios 6
11 - E é o que
alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas
haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso
Deus.
Efésios 5
26 - para a
santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
27 - para a
apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível.
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OBJETIVO GERAL
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Conscientizar sobre a importância da pureza espiritual.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico.
Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Conceituar a Pia de
Bronze;
II. Refletir acerca da Pia
de Bronze e sua relação com a limpeza e a pureza espiritual;
III. Destacar os dois
aspectos dos ritos de lavagem dos sacerdotes.
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INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
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Na aula passada vimos que o Altar do Holocausto
apontava para o Calvário. Assim, uma ideia de redenção, a partir da suficiência
do sacrifício de Jesus, ficou muito clara para nós – não deixe de fazer esse
pequeno resumo. Agora, estudaremos a Pia de Bronze. Esse objeto aponta para a
doutrina da santificação na vida de quem foi redimido pelo sacrifício de
Jesus.
Antes de apresentar o sacrifício no Lugar Santo, os
sacerdotes precisavam se lavar. Isso remonta a necessidade de vivermos uma
vida de pureza. A santidade é uma urgência espiritual na vida de quem é
chamado discípulo de Jesus. Tenha uma boa aula!
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COMENTÁRIO
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INTRODUÇÃO
O nosso presente estudo é sobre a Pia de Bronze. Continuamos a avançar
no Tabernáculo. Assim, veremos o simbolismo da limpeza e da pureza que a Pia
de Bronze apresenta; estudaremos os dois aspectos do rito de lavagem
presentes na função dos sacerdotes; e, finalmente, seremos chamados à
responsabilidade acerca da necessidade e urgência de vivermos uma vida santa
e irrepreensível diante de Deus e dos homens.
I – A PIA DE BRONZE: A IMPORTÂNCIA DA
SANTIDADE
1. A pia de bronze e a água (Êx 30.18,19). Deus ordenou
a Moisés que fizesse uma pia de bronze. O objetivo era que antes de entrar ou
sair do Tabernáculo, Arão e seus filhos lavassem as mãos e os pés. O ofício
de apresentar holocaustos ao Senhor era Santo. Não é possível apresentar-se
diante de Deus de maneira a não reconhecer sua santidade e justiça. Oferecer
um sacrifício a Deus é prestar-lhe um culto santo e reverente. Não podemos
perder o senso de piedade e reverência diante de Deus. Por isso, nossos
cultos, bem como nossas vidas, devem refletir a santidade de Deus (1 Pe 1.15,16).
2. Os sacerdotes e a santidade (Êx 30.20). Ao entrarem no
Tabernáculo, os sacerdotes deveriam se lavar “para não morrer”. Fosse para
ministrar, fosse para acender a oferta no altar, eles deveriam lavar-se
antes. Há que se destacar a expressão “para não morrer”. O ato colocava em
risco a vida dos sacerdotes. Apresentar-se diante de Deus sem atentar para a exigência
da purificação poderia custar-lhes a vida. Hoje, nós, os obreiros de Cristo,
devemos pautar nossas vidas na obra, exercitando-nos na piedade e na
santidade. Somos santos porque fomos chamados por um Deus Santo. Somos
chamados para ser um modelo de santidade. Não nos esqueçamos: “Segui a paz
com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
3. A santidade para a vida* (Êx 30.21). O versículo 21
traz-nos a ideia de um pacto perpétuo a respeito do rito de lavagem da
purificação. Esse rito seria um estatuto perpétuo para os sacerdotes. Disso
dependeria a vida deles. Viver a vida de maneira santa, separada, única e
exclusivamente para Deus é a vocação de todo obreiro chamado para a sua obra.
Santidade ao Senhor gera espiritualidade profunda. Santidade ao Senhor gera
uma vida de compromisso com Deus. Santidade gera vida no altar de Deus!
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SÍNTESE DO TÓPICO I
A Pia de Bronze aponta para a santidade da
vida cristã.
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SUBSÍDIO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO
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Para
introduzir a lição dessa semana, sugerimos reproduzir o esquema proposto
conforme a sua possibilidade e fazer uma Para introduzir a lição de hoje, e
enfatizar a Pia de Bronze, apresente a imagem reproduzida nesta página.
Entretanto, atente para o tópico II. Nele, há uma explicação conceitual a
respeito da pia. A ideia é que, neste primeiro tópico, você apresente a
figura com o objetivo de fazer um panorama geral do objeto. E no segundo tópico,
você retome essa imagem para explicar o conceito dela conforme a exposição do
segundo tópico.
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II – A PIA DE BRONZE: LUGAR DE LIMPEZA E
PUREZA
1. A Pia de
Bronze (cobre) entre o Altar do Holocausto e o Tabernáculo. O termo
hebraico para “pia” é kyyor, que significa “lugar de se lavar”. Era
uma bacia redonda. É assim que a imagen da Pia de Bronze é geralmente apresentada
nas ilustrações. Para entrar no santuário do Tabernáculo, após ministrar no
Altar dos Holocaustos, o sacerdote lavava-se na Pia de Bronze com água limpíssima.
Ora, o nosso pecado foi expiado por Cristo no Calvário, o que significa que
toda a nossa sujeira foi limpa para a glória de Deus. Fomos “lavados” pelo
“sangue remidor” de Jesus (1
Co 6.11).
No dia a dia,
encontramo-nos vulneráveis às imundícias das obras da carne. Entretanto,
temos um recurso divino, que nos purifica e santifica, prefigurado pela
Palavra de Deus (cf. 1 Jo
1.7,8,10).
O sangue de Jesus quitou a nossa culpa, cuja natureza humana estava condenada
a se curvar sempre diante das tentações e do pecado (Rm 3.24,25; Ef 1.7). Assim, a Palavra de Deus é o
espelho que reflete a nossa nova natureza e as obras que devemos praticar com
a ajuda do Espírito Santo.
2. A lavagem
na Bacia de Bronze. A Pia era de bronze polido, fabricado com
o espelho das mulheres (Êx 38.8).
Assim, exposta à luz do sol, a partir da água limpíssima, toda impureza era
revelada no interior da bacia. À semelhança dessa figura, a obra regeneradora
do Espírito Santo nos torna completamente limpos das sujeiras do pecado (2 Co 5. 17; Ef 5.26).
Outro ponto
que devemos destacar é a consciência de pureza que os sacerdotes deveriam ter
para estar na presença de Deus, pois quando se lavavam, as sujeiras
desapareciam de seus corpos. Sabiam que, doutra forma, não poderiam celebrar
no interior do Tabernáculo. Só a Palavra de Deus é eficaz para revelar o
pecado do nosso coração, expô-lo e removê-lo. A imagem dessa bacia nos
rememora à santidade de Deus e a necessidade de se buscar uma vida de retidão,
tanto na área espiritual quanto na moral. Somos de Deus, ovelhas de seu
rebanho.
3. A Pia de
Bronze e o caráter de juízo. No Altar dos
Holocaustos, o juízo sobre o pecador era aplicado na oferta do sacrifício,
cobrindo o seu pecado. Nesse sentido, as águas da pia cumpriam uma função de
limpeza dos sacerdotes que passaram por aquele processo. De igual modo, nosso
Senhor tomou sobre si o juízo que merecíamos, morrendo vicariamente por nós (2 Co 5.21; Gl 1.4). Nesse aspecto, à
semelhança das águas purificadoras, a Palavra de Deus tem o poder de limpar e
disciplinar nossa vida (Hb
4.12,13). Embora nossos pecados tenham sido expiados (Hb 10.17), ainda temos
de nos chegar a Deus, continuamente, para sermos limpos de tudo o que
desagrada-o: pensamentos, palavras e obras. Infelizmente, acidentes ocorrem
no caminho da jornada cristã, e precisamos nos quebrantar na presença de
Deus. Busquemos a santidade em Jesus Cristo.
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SÍNTESE DO TÓPICO II
A
Pia de Bronze remonta a ideia de purificação e juízo.
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SUBSÍDIO TEOLÓGICO
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“A regeneração
é a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria
de novo a natureza interior. O substantivo grego (palingenesia)
traduzido por ‘regeneração’ aparece apenas duas no Novo Testamento. Mateus 19.28 emprega-o
com referência aos tempos do fim. Somente em Tito 3.5 se refere à renovação espiritual do
indivíduo. Embora o Antigo Testamento tenha em vista a nação de Israel, a Bíblia
emprega várias figuras de linguagem para descrever o que acontece. O Senhor
‘tirará da sua carne o coração de pedra e lhes dará um coração de carne (Ez 11.9). Deus diz:
‘Espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados... E vos darei um
coração novo e porei dentro de vós um espírito novo... E porei dentro de vós
o meu espírito e farei que andeis nos meus estatutos’ (Ez 36.25-27). Deus colocará a sua lei ‘no
seu interior e a escreverá no seu coração’ (Jr 31.33). Ele ‘circuncidará o teu coração...
para amares ao Senhor’ (Dt 30.6)”
(HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2018, p.371).
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CONHEÇA MAIS
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*Acerca da santidade para a vida
“[...] De
acordo com Wesley, ‘não pode existir verdadeira santidade cristã se o amor de
Deus não for o fundamento dela’. Por isso, Wesley, em seu sermão ‘Eu, a
Testemunha do Espírito’, sustenta que, primeiro, temos de amar a Deus ‘para
que, de fato, possamos ser santos.” Leia mais em “Teologia de John Wesley”, CPAD, p.22.
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III – DOIS ASPECTOS DO RITO DE LAVAGEM DOS
SACERDOTES
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1. A lavagem
completa. Essa lavagem era mais do que simplesmente lavar mãos
e pés. Significava uma “obra regeneradora”, que implicava o primeiro passo
para a consagração sacerdotal. Hoje, é inaceitável que um ministro queira
servir na Casa de Deus sem ter passado pela obra da regeneração (Jo 13.10). É preciso
que os obreiros do Senhor tenham experimentado uma “limpeza completa” da alma
e da mente. É preciso nascer da Palavra e do Espírito (Jo 3.5,7; Jo 15.3; Tt
3.5; 1 Pe 1.23).
2. A lavagem
progressiva e constante. No dia a dia sacerdotal, a limpeza exigida
para ministrar no Lugar Santo era apenas das mãos e dos pés (Êx 30.19). Mas, de
acordo com a doutrina do Novo Testamento, o “lavar-se”, aqui, destaca o ato
do Espírito que opera em nós a santificação (Ef 5.26; 2 Co 7.1). Nesse sentido, a consagração dos
sacerdotes dava-se nos termos do compromisso de uma vida santificada. Esse
mesmo compromisso é que deve permear a vida do obreiro, que se acha
vocacionado para realizar a obra do Senhor.
3.
Recapitulando verdades importantes. À luz de
tudo quanto temos estudado até aqui, devemos assimilar algumas lições
apreendias até o presente momento:
1. Sobre o
sangue de Jesus. O sangue de Jesus Cristo nos livrou da
pena do pecado ( Mt 20.28;
26.28; 1 Pe 4.17);
2. Sobre a
Palavra. A Palavra de Deus revela quem somos (Tg 1.22-24);
3. Sobre a
limpeza espiritual. Uma vida irrepreensível é prioritária e
absolutamente necessária (Jo
15.3).
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SÍNTESE DO TÓPICO III
Uma lavagem completa e outra progressiva
apontam para dois aspectos da santidade: a completa e a progressiva.
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(Jo 13.10).

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
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“Cristo Está
Preparando a Sua Noiva
O Rei da Glória
se casará com a sua Noiva. Será que vocês não sabem que todas as boas coisas
que o mundo desfruta, Deus nos fará desfrutar dez mil vezes mais? O grande
banquete acontecerá, o evento mais maravilhoso de todos os tempos, em que
comeremos pão e beberemos vinho no Reino de Deus. A Noiva está em preparação.
O Espírito
Santo é a pomba. O cântico é o arrulhar da pomba antes da tormenta. Você viu
como as pombas alertam os seus companheiros para que procurem abrigo antes
das tempestades? Pois, da mesma forma, o Espírito Santo está arrulhando e
chilrando, chamando-nos para que procuremos abrigo contra as tempestades da
tribulação que virá sobre a terra. O Senhor está nos treinando, fazendo os
nossos corpos ficarem leves e flexíveis para que possamos subir” (ETTER,
Maria Woodworth. Devocional. Série: Clássicos do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.165-66).
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CONCLUSÃO
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Nesta lição,
vimos que a limpeza espiritual é prioridade absoluta como consequência da
obra expiatória de Cristo. Uma vez que Cristo nos salvou, fomos chamados para
ser santos. Atentemos para esse precioso chamado de Cristo Jesus!
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PARA REFLETIR
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A respeito de
“A Pia de Bronze: Lugar de Purificação”, responda:
·
Qual era o objetivo para o estabelecimento
da pia de bronze, conforme a lição?
O objetivo era que antes de entrar ou sair do Tabernáculo, Arão e seus filhos lavassem as mãos e os pés, pois o ofício era santo.
·
Qual expressão deve ser destacada na lição?
Há que se destacar a expressão “para não morrer”.
·
O que significa a Pia de Bronze?
O termo hebraico para “pia” é kyyor, que significa “lugar de se lavar”.
·
De que era formado o interior da Pia de
Bronze?
A Pia era de bronze polido, fabricado com o espelho das mulheres (Êx 38.8).
·
Cite os dois aspectos do rito de lavagem
dos sacerdotes.
A lavagem completa, mais a lavagem progressiva e constante |
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 78,
p38. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos
assuntos.
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SUGESTÃO DE LEITURA
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||
Ao ler este livro você descobrirá, por meio
de exemplos da vida de Jesus, o plano de Deus para sua vida.
|
Um livro que definiu biblicamente
a santificação, e sua aplicação na prática.
|
Nesta obra, o autor nos apresenta Jesus
como o único Salvador.
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