TEXTO
ÁUREO
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VERDADE
PRÁTICA
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“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim,
salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.”
(Jo
10.9)
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Para entrar à presença de Deus, no Lugar
Santíssimo, o pecador deve passar por uma única porta: Jesus.
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LEITURA
DIÁRIA
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Segunda – Êx 25.8,9
O modelo divino do Tabernáculo
Terça – Êx 29.45,46
O lugar da habitação de Deus
Quarta – Lv 26.11-13
A presença de Deus no Tabernáculo
Quinta – Zc 2.10, 11
Deus deseja estar entre o seu povo
Sexta – Jo 10.7-9
Jesus é a Porta de acesso à presença de Deus
Sábado – Ef 2.13-18
Jesus uniu os povos diante de Deus
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LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
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Êxodo 27.9-19
9 - Farás também
o pátio do tabernáculo; ao lado do meio-dia, para o sul, o pátio terá
cortinas de linho fino torcido; o comprimento de cada lado será de cem côvados.
10 - Também as
suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de cobre; os colchetes das colunas
e as suas faixas serão de prata.
11 - Assim
também do lado do norte as cortinas na longura serão de cem côvados de
comprimento; e as suas vinte colunas e as suas vinte bases serão de cobre; os
colchetes das colunas e as suas faixas serão de prata.
12 - E na
largura do pátio do lado do ocidente haverá cortinas de cinquenta côvados; as
suas colunas, dez, e as suas bases, dez.
13 -
Semelhantemente, a largura do pátio do lado oriental, para o levante, será de
cinquenta côvados,
14 - de
maneira que haja quinze côvados de cortinas de um lado; suas colunas, três, e
as suas bases, três;
15 - e quinze
côvados de cortinas do outro lado; as suas colunas, três, e as suas bases, três.
16 - E à porta
do pátio haverá uma coberta de vinte côvados, de pano azul, e púrpura, e
carmesim, e linho fino torcido, de obra de bordador; as suas colunas, quatro,
e as suas bases, quatro.
17 - Todas as
colunas do pátio ao redor serão cingidas de faixas de prata; os seus
colchetes serão de prata, mas as suas bases, de cobre.
18 - O
comprimento do pátio será de cem côvados, e a largura de cada banda, de
cinquenta, e a altura, de cinco côvados, de linho fino torcido; mas as suas
bases serão de cobre.
19 - No
tocante a todos os utensílios do tabernáculo em todo o seu serviço, até todos os seus pregos e todos os pregos do pátio,
serão de cobre.
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OBJETIVO GERAL
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Conscientizar acerca da centralidade de Deus na Igreja de Cristo.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico.
Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apresentar o Pátio entre
as Tribos de Israel;
II. Expor a construção
da cerca do Pátio;
III. Enfatizar a porta do Pátio.
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INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
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O Tabernáculo está pronto. Os artesãos fizeram um
lindo e precioso trabalho. Rememore com os alunos essa construção artesanal
revelada na lição passada. Então, inicie a aula dizendo que agora entraremos
no Tabernáculo.
Passaremos pela cerca e pela sua primeira porta.
Pararemos no Pátio. Assim, apresente a lição aos alunos, revelando os três tópicos
principais: (I) O Pátio entre as Tribos de Israel; (II) A Construção da Cerca
do Pátio; (III) A Porta do Pátio.
Mostre também que o Pátio tinha uma posição
especial entre as tribos de Israel, conforme o primeiro tópico expõe. Isso
aponta para a necessidade de termos a consciência da centralidade do Pai
Celestial em nossa vida e num mundo onde múltiplas coisas nos convidam a
violar a centralidade divina.
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COMENTÁRIO
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INTRODUÇÃO
O Tabernáculo representa um grande símbolo espiritual para o povo de
Israel. Ali, Deus se centralizava no meio de seu povo. E Ele esperava que
essa nação reconhecesse isso. Nessa perspectiva, estudaremos acerca da posição
do Pátio do Tabernáculo entre as Tribos de Israel, descreveremos a construção
da cerca do Pátio e conheceremos mais sobre o sentido da Porta Principal do Pátio.
Cada imagem nos revelará um valor espiritual edificante concernente à Obra
Expiatória de Jesus Cristo.
I – O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
Quando Moisés distribuiu as tribos em torno do Pátio do Tabernáculo,
estava revelado nesse ato um senso de organização divino. O Pátio do Tabernáculo
ficava no centro de todas as tribos de Israel. Era o símbolo de que Deus
estaria no meio de seu povo (Is
8.14).
1. As montagens provisórias do Tabernáculo. A Palavra de
Deus mostra que a construção do Pátio teve como primeira etapa a montagem da
estrutura do Tabernáculo no Sinai. Isso ocorreu no primeiro dia do primeiro mês
do segundo ano, após a saída do povo judeu do Egito (Êx 40.2,17), isto é, quatorze dias antes da celebração
da Páscoa.
Do Sinai até Canaã passaram-se muitos anos. Antes de Israel entrar em
Canaã, Moisés orientou que um lugar fixo deveria ser estabelecido para o
Tabernáculo. Inicialmente, a estrutura foi montada em Gilgal (Js 4.19; 5.10; 9.6; 10.6,43). Depois a transferiram para Siló (Js 18.1), que ficava no
território de Efraim. Tempos mais tarde, nos períodos de Saul e Davi, e por
causa das guerras internas e externas, a Arca da Aliança ficava alojada em
lugares diversos, o que demonstrava que o Tabernáculo já não tinha localização
fixa. Finalmente, Jerusalém foi conquistada por Davi e, no reinado de Salomão,
o Tabernáculo deu lugar ao Templo de Jerusalém, onde o próprio Deus confirmou
o lugar e o aprovou com a manifestação de sua glória (1 Rs 8.10,11).
2. A posição do Pátio do Tabernáculo. Para entender
a organização das tribos em torno do Pátio do Tabernáculo é preciso
compreender o propósito divino resumido em Êxodo 25.8: “E me farão um santuário, e
habitarei no meio deles” (cf. 29.45,46).
Aqui está expressa a vontade de Deus em ser o centro de seu povo. A localização
geográfica do Tabernáculo, o centro do acampamento e de frente para o
Oriente, isto é, voltado para o levante do Sol, revela exatamente a vontade
de Deus em habitar no coração do povo de Israel. Ora, Ele é quem deve estar
no centro do nosso coração. Deus é quem deve dominar a nossa mente e vida.
3. A posição do Exército de Israel em torno do
Tabernáculo. Os exércitos das tribos judaicas estavam
localizados em torno do santuário divino.
1) De frente para a porta principal de acesso ao
Tabernáculo. Os exércitos de Judá, Issacar e Zebulom estavam
posicionados na porta principal do Pátio do Santuário. Juntos, esses exércitos
somavam 186.400 homens (Nm
2.3-9);
2) Aos fundos, do Oeste para o Ocidente. Na retaguarda
do Pátio do Tabernáculo estavam as tropas de Efraim, Manassés e Benjamim que,
juntas, somavam 108.100 homens (Nm
2.18-23);
3) Ao norte. Na lateral do
Tabernáculo, encontravam-se as hostes de Naftali, Dã e Aser. Juntas, somavam
157.600 homens (Nm 2.25-30);
4) Ao Sul. Na outra
lateral do Tabernáculo, estabeleceram-se os exércitos de Ruben, Simeão e Gade.
Ambos somavam 151.450 homens (Nm
2.12-19).
Ao todo eram 603.550 homens acima de vinte anos de idade que estavam
entorno do Pátio do Tabernáculo. Isso passava a mensagem de que Israel
reconhecia a centralidade de Deus na vida espiritual e social da nação.
Assim, devemos tê-Lo como o centro de todas as esferas da vida.
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SÍNTESE DO TÓPICO I
A montagem do Tabernáculo era provisória e
o Pátio ficava no centro das Tribos de Israel.
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SUBSÍDIO DIDÁTICO - PEDAGÓGICO
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Seguindo a
perspectiva apresentada na seção “Interagindo com o Professor”, reproduza o
esquema abaixo, conforme as suas possibilidades, a fim de ilustrar o Pátio do
Tabernáculo.
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II – A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO PÁTIO
1. O cortinado de linho branco da cerca do Pátio. Uma cerca de
45 metros de comprimento com aproximadamente 22,5 centímetros de largura
separava o Tabernáculo das Tribos ao redor. As sessenta colunas de bronze,
sobre as quais havia um cortinado de linho branco torcido de aproximadamente
2,25 metros de altura, sustentavam a cerca do Pátio. Assim, não se podia ver
o que passava-se no interior do pátio, senão a cobertura do Tabernáculo.
2. Colunas, cortinas e varais do Pátio (Êx 27.10-12). As colunas de
bronze foram feitas de madeira de acácia e ficavam presas na parte interior
da cortina por bases ou placas de bronze colocadas sobre o solo. Já as
cortinas eram costuradas uma a outra até formarem uma tela bem firme. Por sua
vez, os varais encaixavam-se às colunas e ao cortinado da cerca. Tudo era
metricamente encaixado. Assim, as colunas, as cortinas e os varais são
elementos que didaticamente podem simbolizar a segurança, a estabilidade e a
comunhão na vida cristã, produzidas pela Obra Expiatória de Cristo.
Ora, em Cristo toda a justiça de Deus foi satisfeita na obra expiatória;
por isso temos a segurança da salvação (Rm 8.33-39). Estamos seguros em Cristo (Jo 10.28-30)!
Depois, a partir dessa obra, temos acesso às promessas de Deus, as quais nos
dão estabilidade na vida cristã (Rm
14.4; Cl 3.3).
Por fim, a Expiação de nosso Senhor não apenas salvou-nos, mas abriu-nos a
porta da comunhão cristã (1
Co 12.12,13; Ef
2.12-16). Portanto, à semelhança das colunas, cortinas e varais do
Tabernáculo, a Obra Expiatória de Cristo nos traz segurança, estabilidade e
comunhão na vida cristã.
3. A cerca de linho: a santidade e a justiça de
Deus. A parte reservada na esfera interna do Pátio,
separada pelo “linho branco torcido”, revelava a santidade de Deus. Ali, os
sacerdotes ministravam os cerimoniais de sacrifícios pelos pecados do povo.
Nesse sentido, o Pátio do Tabernáculo revelava que o pecador não tinha acesso
ao Deus Santo, senão por meio do sacerdote.
Deus é Santo e Justo. O homem carece de santidade e de justiça. No
entanto, em Cristo, o pecador é justificado e santificado para a salvação.
Esse é o maior milagre que o pecador pode desfrutar de seu encontro com
Jesus. Só quem pode justificá-lo e santificá-lo é Jesus!
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SÍNTESE DO TÓPICO II
A cerca do Pátio era feita de um cortinado
de linho branco e de colunas de bronze.
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SUBSÍDIO TEOLÓGICO
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“[...] Faz-se
necessário examinar mais de perto alguns aspectos da obra redentora de
Cristo. Várias palavras bíblicas a caracterizam. Ninguém que leia as
Escrituras de modo perceptivo pode fugir à realidade de que o sacrifício está
no âmago da redenção, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. A figura de
um cordeiro ou cabrito sacrificado como parte do drama da salvação e da redenção
remonta à Páscoa (Êx 12.1-13).
Deus veria o sangue aspergido e ‘passaria por cima’ daqueles que eram
protegidos por sua marca. Quando o crente do Antigo Testamento colocava as
suas mãos no sacrifício, o significado era muito mais que identificação (isto
é: ‘Meu sacrifício’). Era um substituto sacrifical (isto é: ‘Sacrifico isto
em meu lugar’)” (HORTON, M. Horton (Ed.). Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.352).
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III - A PORTA DO PÁTIO
1. A Porta do Pátio: uma tipificação
do único caminho (Êx 27.16).
Para se entrar no Pátio do Tabernáculo havia apenas uma Porta. Esta porta
dava acesso ao local sagrado, onde Deus habitava. Cristo, o nosso Senhor, é a
verdadeira Porta de acesso para todos os pecadores. Ele mesmo declarou: “Eu
sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e
achará pastagens” (Jo 10.9).
Essa palavra de nosso Senhor confirma toda a doutrina do Novo Testamento que
tem em Cristo o único caminho de entrada possível para chegarmos ao Pai:
“Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Essa porta, portanto, é o único
meio de acesso a Deus (At 4.12;
Ef 2.18).
2. As quatro colunas e suas bases: uma tipificação
do Evangelho (Êx 27.16). Destacamos
aqui as quatro colunas e suas quatro bases. Essas bases e colunas sustentavam
a porta principal do Pátio. Esse fato nos faz rememorar os quatro Evangelhos
(Mateus, Marcos, Lucas e João), o maior instrumento que o ser humano tem para
conhecer a pessoa bendita de nosso Senhor Jesus Cristo. Toda a revelação de que
precisamos saber acerca da pessoa de Cristo está narrada nos Evangelhos. Por
isso, para ter uma base espiritual sólida e conhecer a pessoa de Jesus,
precisamos começar pelos Evangelhos. Assim, Leia toda a Palavra de Deus e a
guarde no seu coração.
3. As cores da cortina de entrada: diversos tipos (Êx 27.16). Azul, púrpura,
carmesim e branco eram as cores da cortina de entrada ao Pátio. Nas Sagradas
Escrituras, as cores sempre simbolizaram aspectos importantes da fé. Muitas
igrejas de tradições cristãs distintas (como as episcopais, as reformadas e,
até mesmo, algumas pentecostais) observam o que se convencionou chamar de
Calendário Litúrgico. Nele, os dias comemorativos são inspirados por cores.
Essa prática está ancorada nas comemorações litúrgicas do povo de Deus do
Antigo Testamento.
Nesse aspecto, podemos destacar, por exemplo, que o azul lembra o céu.
A púrpura lembra a ideia de realeza. O carmesim lembra a ideia de humilhação
e sofrimento. O branco lembra a ideia de justiça, perfeição (Rm 5.18). O Senhor Jesus remonta essas
cores: Ele veio e foi para o céu, Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores,
Ele é justo e perfeito, e foi humilhado e moído pelos nossos pecados (Is 42.1; Fp 2.5-9).
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SÍNTESE DO TÓPICO III
A porta do Pátio aponta para o único
caminho: Cristo.
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SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
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“A Palavra, não
os Sentimentos
Que Deus nos dê
uma posição séria e decidida, na qual a carne e o sangue tenham de se render!
Avançaríamos muito. Não seríamos movidos por nossos sentimentos.
O indivíduo
ora por uma noite inteira e recebe uma bênção, mas amanhã, por ele não sentir
exatamente o que acha que deve sentir, começa a murmurar. Desse modo, ele
troca a Palavra de Deus por seus sentimentos.
Deixe Cristo
fazer sua obra perfeita. Você tem de deixar de ser. Trata-se de algo difícil
para você e para mim. Mas não é problema algum quando você está nas mãos do
oleiro. Você está errado quando fica esperneando. Você está certo quando fica
quieto e deixa Deus formar você de novo.
Portanto,
permita que hoje Ele o forme de novo e faça de você um vaso que aguentará a
tensão” (WIGGLESWORTH, Smith. Devocional. Série: Clássicos do
Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp.76-77).
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CONCLUSÃO
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Nesta lição,
estudamos a centralidade de Deus em nossa vida por meio da posição do Tabernáculo.
Fomos estimulados a termos uma base e segurança espiritual por meio da
construção do Pátio do Tabernáculo. E concluímos que o Senhor é o único meio
de acesso a Deus através da imagem da porta do pátio. Portanto, sejamos
conscientes de que Jesus Cristo se revelou ao seu povo como o único caminho
para o pecador alcançar a salvação. Ele é o único caminho que conduz ao Céu!
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PARA REFLETIR
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A respeito de
“Entrando no Tabernáculo: o Pátio”, responda:
·
Em relação às tribos, em qual posição o
Tabernáculo ficava posicionado?
O Pátio do Tabernáculo ficava no centro de todas as tribos de Israel.
·
O que está expresso em Êxodo 25.8?
O propósito divino resumido em Êxodo 25.8 era: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (cf. 29.45,46).
·
Por que podemos ter a segurança da salvação?
Ora, em Cristo toda a justiça de Deus foi satisfeita na obra expiatória; por isso temos a segurança da salvação (Rm 8.33-39).
·
O que Cristo declarou a respeito dEle
mesmo?
Ele mesmo declarou: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” (Jo 10.9).
·
Quais eram as cores da cortina de entrada
ao Pátio?
Azul, púrpura, carmesim e branco eram as cores da cortina de entrada ao Pátio. |
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 78,
p. 37.
. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos
que buscam expandir certos assuntos.
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SUGESTÃO DE LEITURA
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||
As riquezas tipológicas
das divis
es do tabernáculo,
suas mobílias, suas cores e de sua construção.
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Quem não guarda o sábado
será salvo? Qual a finalidade da lei?
|
Esta obra oferece
uma nova percepção e compreensão da disciplina teológica.
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