TEXTO
ÁUREO
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VERDADE
PRÁTICA
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"E vi um novo céu e uma nova terra.
Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não
existe."
(Ap
21.1)
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Cremos no Juízo Final, no qual serão
julgados os que fizerem parte da Última Ressurreição; e cremos na vida eterna
para os infiéis.
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LEITURA
DIÁRIA
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Segunda - At 24.15
Todos os mortos serão ressuscitados
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Quinta - Mt 25.46
Há na eternidade um lugar para os justos e outro para os injustos
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Terça - Is 65.20-22
A longevidade humana, característica do Reino Milenar de Cristo
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Sexta - Ap 20.1-3
O Milênio será instaurado por ocasião da vinda de Cristo em glória
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Quarta - 1 Co 15.26
A morte será aniquilada para sempre no Juízo Final
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Sábado - Ap 22.3-5
Uma amostra da glória do lar dos santos
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LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
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Apocalipse 21.1-5
1 - E vi um novo
céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e
o mar já não existe.
2 - E eu, João,
vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada
como uma esposa ataviada para o seu marido.
3 - E ouvi uma
grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens,
pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com
eles e será o seu Deus.
4 - E Deus
limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem
clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
5 - E o que
estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E
disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.
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OBJETIVO GERAL
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Expor a doutrina bíblica do Milênio, do Juízo Final e da nova criação
de todas as coisas.
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve
atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com
os seus respectivos subtópicos.
I. Descrever a doutrina
bíblica do Milênio;
II. Explicar o Juízo
Final;
III. Esclarecer a doutrina
bíblica sobre a nova Criação.
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INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
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"Eis que faço novas todas as coisas", diz
a Palavra de Deus (Ap 21.5).
Será o dia em que Deus fará tudo novo. Um mundo novo. Uma realidade nova.
Novo! Tudo novo! Será o tempo em que o Rei dos reis, o próprio Senhor,
intervirá na história do mundo e trará consigo uma nova realidade. "Céus
novos e terra nova" sintetizam a dimensão cosmológica dessa nova
Criação. Será o dia em que de eternidade em eternidade estaremos sempre com o
Deus da glória. Os santos apóstolos anelaram por essa esperança. Por isso,
como Igreja do Senhor, somos estimulados pelas Escrituras a mantermos viva a
chama da esperança da vinda do Senhor.
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COMENTÁRIO
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INTRODUÇÃO
O mundo vindouro abordado na presente lição pretende mostrar o que
virá depois do Juízo Final, o novo céu e a nova terra, a nova Jerusalém, o
lar dos santos na eternidade e por toda a eternidade. Trata-se
definitivamente do epílogo da história humana. Mas haverá alguns eventos que
precederão o mundo vindouro, como o Reino de Cristo de mil anos, o Juízo
Final e a ressurreição de todos os incrédulos, bem como o seu destino final.
I - SOBRE O MILÊNIO
1. Descrição. O milênio é o
reino de Cristo de mil anos. Nesse período, Satanás será aprisionado no
abismo instalado por ocasião da vinda de Cristo em glória (Ap 20.2,3). Isso significa que a ação destruidora de
Satanás na terra será neutralizada, iniciando-se assim uma nova ordem de
coisas. É a tão almejada paz universal, pois nesse reino haverá perfeita paz,
retidão e justiça entre os seres humanos e também harmonia no reino animal (Is 9.7; 11.5-9). A longevidade das pessoas, a
garantia do sucesso no trabalho e a resposta imediata às orações são algumas
das características do reino do Messias (Is 65.20-25). A sede de seu governo será
Jerusalém: "[...] porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra
do SENHOR" (Is 2.3).
O Senhor Jesus se assentará sobre o trono de Davi, e de Jerusalém reinará
sobre toda humanidade. Esse reino, que trará salvação aos judeus, é a
conclusão do programa divino sobre o povo de Israel (Is 59.20; Rm 11.26).
2. Sobre a ressurreição dos mortos. A Bíblia
ensina que os justos e os injustos serão ressuscitados (Dn 12.2; Jo 5.29; At 24.25). Mas em Apocalipse ficamos sabendo
que há um intervalo de mil anos entre essas ressurreições. A primeira
ressurreição é a dos justos, e a outra é a última ressurreição: "Mas os
outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a
primeira ressurreição" (Ap
20.5). São partes da primeira ressurreição os santos provenientes
da Era da Igreja e os do Antigo Testamento, juntamente com os mártires da
Grande Tribulação (Ap 6.9-11;
20.4). Convém
salientar que a ressurreição divide-se em duas fases. Por ocasião do
arrebatamento da Igreja (1 Co
15.52; 1 Ts 4.16;
Ap 20.6), serão
ressuscitados os súditos do Rei dos reis. Quanto à ressurreição dos injustos,
também conhecida como Ressurreição Universal ou ainda Última Ressurreição,
envolverá todos os descrentes desde o princípio do mundo até aquele dia.
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SÍNTESE DO TÓPICO I
Milênio: um tempo em que o Senhor Jesus
reinará sobre toda a humanidade.
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SUBSÍDIO TEOLÓGICO
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"MILÊNIO
A palavra 'milênio'
vem dos termos latinos Mille e annum ('ano'). A palavra grega chilias, que
também significa 'mil', aparece por seis vezes em Apocalipse 20, definindo a
duração do Reino de Cristo antes da destruição do velho céu e da velha terra.
O Milênio, portanto, refere-se aos mil anos do futuro Reino de Cristo sobre a
terra, que virá imediatamente antes da eternidade (Ryrie, pp.145-146).
Durante o Milênio, Cristo reinará no tempo e no espaço.
[...]
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E CONDIÇÕES DO MILÊNIO
O Milênio será
um tempo de controle tanto político como espiritual. Politicamente, ele será
universal (Dn 2.35),
discricionário (Is 11.4)
e caracterizado pela retidão e justiça. Será zeloso para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará
recriminação e juízo para quem transgredir as ordenanças do Messias (Sl 2.10-12).
Este reino
literal de Cristo sobre a terra também terá características espirituais.
Acima de tudo, será um reino de justiça, onde Cristo será o Rei e governará
com absoluta retidão (Is 23.1).
Será também um tempo em que se manifestarão a plenitude do Espírito e a
santidade de Deus (Is 11.2-5).
'Naquele dia, se gravará sobre as campainhas dos cavalos: Santidade Ao Senhor
[...] e todas as panelas em Jerusalém e Judá serão consagradas ao Senhor dos
Exércitos' (Zc 14.20-21).
Tudo, do
trabalho à adoração, será santificado ao Senhor. O pecado será punido (Sl 72.1-4; Zc 14.16-21) de
maneira pública e justa. A era messiânica também será caracterizada por um
reinado de paz (Is 2.4;
11.5-9; 65.25; Mq 4.3). As profecias de Isaías revelam
outras características, incluindo:
o Alegria (Is 9.3-4);
o Glória (Is 24.23)
o Justiça (Is 9.7);
o Conhecimento
pleno (Is 11.1-2);
o Instruções e
orientações (Is 2.2-3);
o Maior
expectativa de vida (Is 65.20);
Sofonias 3.9 e Isaías 45.13 afirmam
que, no Milênio, a linguagem e a adoração serão puras. A pura adoração será
possível por causa da maravilhosa presença de Deus (Ez 37.27-28). A presença física do Messias
garantirá estas bênçãos. Walvoord diz: 'A gloriosa presença de Cristo no
cenário do Milênio é, logicamente, o foco de toda a espiritualidade e
adoração (Walvoord, p.307)" (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.
Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.318).
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II - SOBRE O JUÍZO FINAL
1. Descrição. É conhecido
como o Juízo do Grande Trono Branco: "E vi um grande trono branco"
(Ap 20.11). Aqui
serão julgados "os outros mortos", aqueles que não fizeram parte da
primeira ressurreição (Ap 20.5).
Isso mostra que ficam de fora os crentes da primeira ressurreição, pois eles
já fazem parte do reino de Cristo e estão com o corpo glorificado (Ap 20.4). Deus
instaurará esse juízo após a última rebelião de Satanás, que acontecerá
depois dos mil anos do reinado de Cristo (Ap 20.7). Deus executará esse juízo por meio
de Jesus Cristo: "o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o
juízo" (Jo 5.22).
2. O julgamento. Não há
menção de vivos no Juízo Final: "E vi os mortos, grandes e pequenos, que
estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que
é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos
livros, segundo as suas obras" (Ap 20.12). Os "grandes e pequenos"
não se referem à idade, adultos e crianças, mas a status, pessoas de todas as
classes sociais. Todos eles serão julgados com base nas obras registradas
nesses livros. O resultado desse julgamento é a condenação eterna: "E
aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de
fogo" (Ap 20.15).
Não existe aqui lugar para o sono da alma, nem para uma segunda oportunidade,
muito menos para o aniquilamento.
3. Destino dos ímpios. É o inferno,
descrito aqui como "lago de fogo" ou "ardente lago de fogo e
enxofre" (Ap 19.20).
Esse lugar foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41), e não para os seres humanos, mas
será o destino final dos perdidos por causa da sua incredulidade e
desobediência, pois a vontade de Deus é que ninguém se perca, mas que todos
sejam salvos (1 Tm 2.4).
a) Hades. A Septuaginta
emprega esse termo para traduzir o hebraico sheol, no Antigo Testamento, que
significa o "mundo invisível dos mortos" (Sl 89.48). Ambos os termos se traduzem, às
vezes, por "inferno" na Almeida Revista e Corrigida (Sl 9.17; Mt 16.18). O lugar
serve como estágio intermediário dos mortos sem Cristo, uma prisão temporária
até que venha o Dia do Juízo (Ap
20.13,14).
Os condenados que partiram desde o início do mundo permanecem lá, conscientes
e em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão nesse lugar (Lc 16.23,24).
b) Geena. O mundo
judaico contemporâneo de Jesus cria que a Geena era o lugar no qual os ímpios
receberiam como castigo o sofrimento eterno. O termo, traduzido por
"inferno", foi usado pelo Senhor Jesus nos evangelhos:
"Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do
inferno?" (Mt 23.33),
e indica o lago de fogo apocalíptico.
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SÍNTESE DO TÓPICO II
O Juízo Final é o evento que sacramentará o
destino dos ímpios.
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SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
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"Embora o
trono de Deus seja o trono de julgamento, Jesus declarou: 'E também o Pai a
ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo' (Jo 5.22). O único Mediador entre Deus e a
humanidade tornar-se-á também o Mediador do julgamento. Por conseguinte,
Jesus assentar-se-á sobre o trono. E tão grande será a sua majestade, que a
terra e o céu 'fugirão', não havendo mais para eles 'lugar, no plano de
Deus'. Isto posto, abrir-se-á caminho para os novos céus e a nova terra. Eis
os que comparecerão diante do grande trono branco: 'os mortos, grandes e
pequenos' (Ap 20.12).
Quanto aos justos, por haverem participado da primeira ressurreição, já terão
corpos imortais e incorruptíveis. Portanto, os mortos que estarão de pé,
diante do grande trono branco, para serem julgados, serão 'os outros mortos'
(Ap 20.5) que não
tomaram parte na primeira ressurreição por ocasião do arrebatamento. Esses
serão os 'mortos ímpios', incluindo os que foram consumidos após o Milênio,
por haverem seguido a Satanás" (MENZIES, William W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da
Nossa Fé. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp.207,08).
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CONHEÇA MAIS
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*Primeira
Ressurreição
"De Maneira
geral, assim é visto o arrebatamento da Igreja que, juntamente com o rapto
dos vivos, constituir-se-á também da revificação, imortalização e
glorificação dos que morreram em Cristo (1 Co 15.50-57)". Para conhecer mais,
leia Dicionário Teológico, CPAD, p.32
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III - SOBRE A NOVA CRIAÇÃO
1. Um novo céu e uma nova terra. O quadro
descrito no texto da Leitura Bíblica em Classe diz respeito à nova criação,
ou seja, não se trata, pois, de uma renovação ou de alguma restauração, mas
de tudo ser novo: "Eis que faço novas todas as coisas" (v.5); "Porque eis
que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas
passadas, nem mais se recordarão" (Is 65.17). Essa promessa reaparece no Novo
Testamento (2 Pe 3.13). O velho mundo vai desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2 Pe 3.7,10,12) por causa da sua contaminação; os céus e
a terra não poderão resistir à santidade e à glória de Deus: "E vi um
grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença
fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles" (Ap 20.11). Essa
palavra profética é reiterada mais adiante: "Porque já o primeiro céu e
a primeira terra passaram, e o mar já não existe" (v.1). O universo físico não se susterá
diante da pureza, santidade e glória daquele que está assentado sobre o
trono.
2. A nova Jerusalém. Antes de tudo,
convém ressaltar que a nova Jerusalém "que de Deus descia do céu" (v.2) não é a mesma
Jerusalém do Milênio. Isso é de fácil compreensão. Aqui já estamos no período
pós-milênio. A descrição da cidade mostra com abundância de detalhes que a
sua glória excede em muito ao da Jerusalém milenial (Ap 21.9-21). O templo dela é Deus e o
Cordeiro (v.22); a cidade não necessita de sol nem de lua (v.23), e nela não haverá noite (v.25). Nós veremos o
rosto de Deus e do Cordeiro (Ap
22.4), e a glória de Deus e de Cristo nos alumiará para sempre (Ap 22.5). A nova
Jerusalém é chamada ainda de "a Jerusalém que é de cima" (Gl 4.26) e a
"Jerusalém celestial" (Hb
12.22).
3. A eternidade dos salvos. A nova
Jerusalém é o eterno lar de todos os salvos em Cristo. O próprio Deus estará
continuamente entre os humanos: "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os
homens, pois com eles habitará" (v.3), e Deus mesmo limpará de nossos olhos
toda a lágrima (v.4). Ali não haverá morte, que é o último inimigo a ser
derrotado (1 Co 15.26,54). O pecado será
banido para sempre, e ali nunca mais haverá maldição contra alguém (Ap 22.3). É a nossa
eterna bem-aventurança. Aqui está o final glorioso da jornada da Igreja.
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SÍNTESE DO TÓPICO III
Novos céus e nova terra será uma nova
realidade implantada por Deus.
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SUBSÍDIO DIDÁTICO
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Prezado
professor, prezada professora, antes de iniciar este tópico, introduza-o
fazendo algumas perguntas sugeridas abaixo:
O que você
entende por "novos céus" e "nova terra"?
O que a
expressão "nova Jerusalém" representa para você?
Em que está
baseada a sua esperança?
Note que cada
pergunta está respectivamente de acordo com cada subtópico deste terceiro tópico.
Após fazê-las à classe, dê um tempo para que os alunos respondam. Ouça com
atenção e, em seguida, exponha o tópico dando ênfase às possíveis dúvidas
identificadas nas respostas fornecidas por eles.
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CONCLUSÃO
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Nós cremos
que, assim como todas as profecias sobre a primeira vinda do Messias se
cumpriram, de igual modo todas as profecias sobre o mundo vindouro se
cumprirão também, pois Deus é fiel.
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PARA REFLETIR
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A respeito do
mundo vindouro, responda:
·
O que é o Milênio?
O milênio é o reino de Cristo de mil anos. Nesse período, Satanás será aprisionado no abismo instalado por ocasião da vinda de Cristo em glória (Ap 20.2,3).
·
Quem são os que fazem parte da primeira
ressurreição?
Por ocasião do arrebatamento da Igreja, serão ressuscitados os súditos do Rei dos reis.
·
Quem executará o juízo do Grande Trono
Branco?
Deus executará esse juízo por meio de Jesus Cristo.
·
Por que o velho mundo precisa desaparecer?
O velho mundo vai desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2 Pe 3.7,10,12) por causa da sua contaminação; os céus e a terra não poderão resistir à santidade e à glória de Deus.
·
Onde é o eterno lar dos santos?
A nova Jerusalém é o eterno lar de todos os salvos em Cristo. |
CONSULTE
Revista
Ensinador Cristão - CPAD, nº 71,
p42.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos
que buscam expandir certos assuntos.
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