tEXtO
dO dia
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SÍNtESE
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"Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos!
Ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou."
(Sl 95.6)
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O louvor e a adoração são os atributos que
o verdadeiro cristão consagra a Deus.
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Agenda
de leitura
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SEGUNDA - Dt 6.4
O primeiro grande mandamento
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QUINTA - Sl 22.3
O louvor como instante da manifestação da presença divina
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TERÇA - Jó 1.20
Adoração como reconhecimento da soberania de Deus
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SEXTA - Mt 21.16
O perfeito louvor
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QUARTA - Mt 4.10
O Senhor Deus é o único que merece louvor e adoração
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SÁBADO - 2 Cr 7.3
Adoração e louvor, o fundamento de nosso relacionamento com Deus
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o APRESENTAR a busca pela adoração como algo essencial
ao ser humano.
o RELACIONAR adoração e louvor com amor e obediência.
o DISCUTIR a respeito dos perigos que corre uma igreja
quando não vive em adoração
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Olá
professores(as), novo trimestre - expectativas renovadas, novas oportunidades
para crescimento. O tema que estudaremos está diretamente ligado ao nosso
cotidiano na Igreja. Por isso, nosso desafio é torná-lo empolgante e
contextualizado à sua realidade local. Nossas aulas não podem ser momentos de
debates teológicos inúteis, e sim, instantes de formação espiritual
continuada para esta nova geração que o Senhor levanta. Lembre-se, sua classe
é de jovens, eles estão cheios de expectativas, incertezas e projetos. Faça
dos momentos na Escola Dominical espaços de ministração mútua, abençoe a vida
deles sendo um instrumento de Deus para apontar uma vida espiritual mais
profunda e viva. Permita-se ser renovado pelas esperanças juvenis deles,
afinal de contas, a Bíblia revela que há neles uma força que vem de Deus e da
sua Palavra. Que suas aulas tornem-se, para vocês, inesquecíveis encontros de
louvor e adoração ao Pai.
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O conhecimento
não pode ser visto como algo restrito ao educador(a), seus educandos possuem
um universo cultural riquíssimo e que precisa ser valorizado durante as aulas
da ED. Por isso, uma boa sugestão didática é iniciar esta aula com a
metodologia denominada Brainstorming ou "Tempestade Mental",
"Tempestade de Ideias". A execução é muito simples. Inicie sua aula
com as seguintes indagações: "O que é louvor e adoração?";
"Existe alguma diferença entre louvar e adorar? Qual?" Ou ainda com
um pedido: "Defina em uma palavra cada um desses conceitos: adoração e
louvor." Identifique as características do que seja louvor e adoração.
Daí em diante, deixe os educandos livres para participarem, anote as opiniões
de cada um, compare as respostas, averigue se existem opiniões conflitantes,
solicite aperfeiçoamento. Por fim, use, sempre que possível, as participações
dos educandos como fio condutor para a aula a ser ministrada.
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Texto bíblico
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Marcos 12.28-34
28. Aproximou-se
dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar e, sabendo que lhes tinha
respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos?
29. E Jesus
respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor,
nosso Deus, é o único Senhor.
30. Amarás, pois,
ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o
teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
31. E o segundo,
semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro
mandamento maior do que estes.
32. E o escriba
lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus e que
não há outro além dele;
33. e que amá-lo
de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as
forças e amar o próximo como a si mesmo é mais do que todos os holocaustos e
sacrifícios.
34. E Jesus, vendo
que havia respondido sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do Reino de Deus.
E já ninguém ousava perguntar-lhe mais nada.
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COMENTÁRIO
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INTRODUÇÃO
Adorar e louvar são as duas faces de uma mesma moeda muito cara para
nós: nosso relacionamento com Deus. Isto é um fato: quem não adora ou louva
ao Pai sequer consegue se perceber como alvo do amor do Criador. Por isso,
durante os próximos três meses estudaremos a respeito dos fundamentos de
nossa adoração e louvor a Deus. O objetivo é aprofundar nossa relação com
Deus. Muito mais que um árido e estéril exercício de diferenciações
terminológicas, nossas aulas serão momentos reservados para, em comunidade,
desenvolvermos nossa intimidade com Deus e o amor ao próximo.
I-A SINCERA DÚVIDA
DE UM ESCRIBA
1. A relação de Jesus com os líderes religiosos de
sua época. O contexto no qual está inserida a porção bíblica
de nossa leitura em classe demonstra bem a convivência tumultuada entre Jesus
e as autoridades religiosas de sua época. Quando de sua entrada triunfal em
Jerusalém Ele foi criticado pelos fariseus (Lc
19.38-40). Depois de expulsar os vendedores do Templo, escribas e
sacerdotes tramaram matá-lo (Mc 11.17,18). Sacerdotes, escribas e anciãos tentaram
constituir provas para uma acusação de blasfêmia indagando sobre sua
autoridade (Mc 11.27,28). Sacerdotes e fariseus quiseram
prendê-lo (Mt 21.45,46), herodianos e fariseus buscaram
induzi-lo ao erro de insubordinação contra César (Mc
12.13-17) e saduceus procuraram embaraçá-lo com uma questão a
respeito da interpretação da lei (Lc 20.27-33).
2. A dúvida do escriba. Em meio a
tantos embates, um daqueles religiosos parece fazer uma pergunta genuína,
desprovida de segundas intenções: "Qual é o primeiro de todos os
mandamentos?" (Mc 12.28).
Claro que a inquietação do doutor da lei não era sobre a sequência dos
mandamentos, isto ele como guardião da lei sabia muito bem. O questionamento
era sobre qual o maior, o mais importante, o mandamento imprescindível. Jesus
cita o Shema Judaico, isto é, a clássica declaração de Deuteronômio 6.4-9 que se inicia com o
imperativo "ouve," que no curso da construção da sociedade judaica
tornou-se uma espécie de "declaração de fé". Todavia, a conclusão
que o escriba tira das palavras citadas por Jesus é dura para o sistema
religioso tradicional, pois como conclui o doutor da lei, amar a Deus e ao
próximo como a si mesmo é mais importante "do que todos os holocaustos e
sacrifícios" (Mc 12.33).
3. A declaração de Jesus. Diante de uma
afirmação tão radical, que colidia diretamente com a natureza do culto
sacrifical judaico, enfraquecido, mas ainda existente naquela época, Jesus,
assegura ao escriba que suas convicções o aproximam do Reino de Deus (Mc 12.34). Jesus denuncia mais uma vez aqui
neste texto que adoração não tem relação com o que possuímos, isto é, com o
"capital" (financeiro, social ou intelectual) que temos, mas com
aquilo que somos. Se reconheço que não sou nada e que Deus é incomparável,
então sou adorador! Se não sou egoísta, mas percebo o outro como meu irmão,
merecedor de toda a misericórdia e amor que necessito, estou louvando a Deus!
O que faço não deve ser consequência de uma cobiça por algo a receber, mas o
resultado de um autoconhecimento básico: sou filho amado do Pai e membro do
Corpo de Cristo.
II - A RESPEITO DA
ADORAÇÃO INDIVIDUAL
1. Possíveis definições para louvor e adoração? Provisória e
precariamente, podemos descrever adoração e louvor como um estado de
consciência onde se reconhece simultaneamente a grandiosidade de Deus e a
efemeridade da condição humana. É a busca insaciável por mais da pessoa de
Deus, sem nenhum interesse alheio a esse fim. É desejo pessoal de dedicar o
máximo de si a Deus e ao próximo. Partindo destas ideias fica evidente que
existem níveis e intensidades diferentes na adoração e louvor, não
necessariamente uma hierarquia ou uma escala.
2. A espontaneidade e simplicidade na adoração. Adoração não
pode ser mecanizada. Celebrações como "tarde de adoração",
"noite dos adoradores" podem ter um ótimo apelo midiático, mas não
possuem garantias espirituais. É possível a realização de cultos com outros
fins - políticos, econômicos, pessoais - que não a adoração. Nunca se deve
associar a adoração e o louvor a uma sequência de protocolos a serem
seguidos, e que não podem ser modificados. A adoração e louvor, por vezes,
estão relacionados na Bíblia a situações de fortes sentimentos,
arrebatamentos, e muitas vezes surpreendentes (Dn
10.7-10; At 22.7). Ao
falar a respeito do "perfeito louvor", Jesus cita a pureza e
simplicidade das crianças (Mt 21.16).
Logo, devemos entender que louvar a Deus, ainda que seja algo feito em um
contexto coletivo, é uma atitude que devemos fazer de forma espontânea, por
meio da gratidão, quebrantamento e humilhação.
3. Adoração como acesso individual a Deus. Não dá para
adorar mais ou menos, "quase adorar" ou adora-se a Deus ou não! Por
isso, muitas pessoas procuram enganar a si mesmas achando que a simples
presença num contexto religioso as faz adoradoras do Pai. A verdade é que
aqueles que creem e buscam a Deus com simplicidade de coração, com certeza o
acharão (Sl 119.7). Deus, durante
todo o curso da humanidade, convida-nos a adorá-lo, reconhecê-lo como único
Senhor (Sl 29.2; 150.6; Is
55.6). A Bíblia está repleta de narrativas a respeito de pessoas
que, em sua disposição pessoal para adorar ao Senhor, foram abundantemente
abençoados enquanto adoravam: Isaías teve o pecado perdoado (Is 6.7); Moisés conversou com Deus como quem
dialoga com um amigo (Êx 33.11);
Jacó teve um encontro inesquecível com Deus (Gn
32.28) e Paulo teve toda sua visão de mundo reorientada (2 Co 12.1-10).
III - ALGUNS DESAFIOS NA ADORAÇÃO EM COMUNIDADE
1. O cerimonialismo legalista contemporâneo. Normas para
se prestar um culto são necessárias, e a própria Bíblia traz essas
orientações. Entretanto, um culto que se concentra em ritos e cerimônias, sem
contemplar a atuação do Espírito Santo, tende a engessar a liberdade da
adoração e do Espírito Santo em atuar na congregação. Para algumas pessoas a
adoração está diretamente vinculada à execução de determinadas formalidades
espirituais.
2. A irreverência assumida como elemento litúrgico. Em nome de
uma suposta modernização, ou para usar um termo técnico, aculturação, algumas
igrejas perderam suas identidades. Já não se percebem como manifestações
históricas do Reino de Deus, são apenas meros ajuntamentos sociais. Não há
nenhum sentimento de reverência nesses locais. Para certos grupos, ir ao
shopping e ir à igreja significa a mesmíssima coisa, literalmente. O louvor é
um espetáculo de pirotecnia espiritual - às vezes nada mais que muito choro e
gritos, outras vezes apenas pulos e aplausos. Letras repetitivas à exaustão,
vazias de conteúdo bíblico e até mesmo de sentido lógico, povoam certas
igrejas. Em nome de atrair o público jovem o templo transforma-se em um local
de entretenimento.
3. O que significa realmente adoração e louvor? Perguntar-se
a respeito do que é adorar é um ótimo indício de que você está muito perto de
experimentar a plenitude da presença de Deus. Lembra do escriba cheio de
dúvidas (v.34)? Adoração e louvor
são conceitos amplíssimos, enriquecidos pelas vivências pessoais de cada um
de nós. Muito mais importante que saber o conceito é poder testemunhar as
experiências quase indescritíveis de ter estado na presença de Deus em amor e
obediência, louvor e adoração, fragilidade e plenitude. Não há pressa em
compreender o que é adorar e louvar, temos mais doze domingos para nos
achegarmos mais a Deus, com muita humildade e temor, e perguntarmos a Ele:
podes me ajudar a viver diante de ti uma vida para teu louvor onde tudo o que
faça repercuta em adoração ao teu santo nome?
ESTANTE DO PROFESSOR
CONCLUSÃO
Ao falarmos de louvor e adoração precisamos ter a consciência de que
estamos lidando com temas absolutamente relevantes para o Reino de Deus.
Neste tempo de poucos referenciais e muitos escândalos, desenvolver um senso
coletivo de intimidade e temor a Deus será essencial para o amadurecimento de
nossas igrejas.
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HOra
da rEViSãO
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1.
Apresente,
segundo sua vivência espiritual, uma definição para o que seja louvor e
adoração.
Resposta pessoal. Sugestão: Adoração é um desejo pessoal de dedicar o
máximo de si a Deus e às demais pessoas.
2.
É
possível separar louvor e adoração? Justifique sua resposta.
Sim. Adoração pode ser vista como uma veneração piedosa a Deus e louvor como uma manifestação pessoal de gratidão e reconhecimento do senhorio a Deus.
3.
Por
que a conclusão que o escriba chega a partir de sua conversa com Jesus merece
ser chamada de sábia resposta?
Porque por meio desta resposta, o escriba demonstra que compreendeu que adoração e louvor são o resultado espontâneo de um coração livre, e não de um sistema de práticas religiosas.
4.
Quais os dois perigosos extremos em que a
igreja pode cair quanto ao louvor e adoração.
Cerimonialismo legalista e Liberalismo litúrgico.
5.
Quais
os riscos que surgem quando a igreja não é um lugar de adoração e louvor?
Cultura de irreverência, descaracterização do louvor, formalismo e esvaziamento da fé. |